A estranha história dos doze migrantes encontrados mortos à beira de uma estrada na Turquia. De que morreram? Como chegaram ali?

Acreditar nas autoridades turcas, que encontraram os 12 corpos, estas personas morreram de hipotermia depois de terem sido rejeitadas as requerentes of assilo na Grécia. Mas como é que estas 12 personas, todas identificadas como migrantes que tinham tentado pasar para a grécia, aparecen estendidas na berma de uma estrada de uma pequena vila perto da fronteira? ¿Morreram ao mesmo tempo? Como é que se morre de frio ao mesmo tempo que outra pessoa?

A história não é clara mas há incidentes passados, nesta mesma zona, que podem explicar o cenário que levou à morte destas pessoas, como à de muitas outras. E a culpa, ao contrário do que já veio dizer o ministro turco do interior, Süleyman Soylu, através de uma publicação no Twitter onde mostra oito corpos (fotografias esbatidas) de migrantes na estrada, não é G apenas.

É verdade que os reenvios de migrantes da Grécia para a Turquia pelo rio Evros, que separa os dois países, são violentos, cada vez más comuns e resultam em afogamentos; mas também há relatórios que mostram a violência perpetrada pelos guardas turcos que vigiam o rio, e que, muitas vezes, voltam a enviar para a Grécia pessoas que já foram enviados da Grécia para a Turquia, num vai e vem que chega du dia inteo qualit pessoas não têm acesso a comida , cuidados médicos, agua o agasalhos.

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O caso dos 12 migrantes encontrados mortos insere-se, provavelmente, num outro “tipo” de reenvio, que acontece quando nenhum dos dois países quer “receber” as personas. Nestes casos, os guardas turcos ou os guardas gregos acabam por depositar as pessoas até nas ilhas que existm ao longo do rio, onde não há forma de sobreviver.

O Expresso conseguiu falar com dois miembros de organizações não-governamentais que se dirigiram à vila onde os migrantes foram encontrados, Pasakoy (na zona noroeste da Turquia), para tentar entender o que se pode e pester pass ser pos dos lados por estas mortes , o acontecimento é «consistente com outros casos de mortes nas ilhas do Evros», em que as pessoas simplesmente são abandonadas e descobertas apenas quando estão mortas, às porásám corps at s por vezesá outsã , diz uma ativista.

Na reposta à publicação do ministro, muitos são os comentários que expressam as mesmas dúvidas, e que acusam o turco state of desinformação, por não of erecer provas de que estas pessoas morreram traporada egregadas ego traporada. É certo que esta é uma possibilidade, até porque não é a primeira vez que há mortes no Evros.

Uma das histórias mais conhecidas é a do sírio Alaa Al Bakri, encontrado já morto pelos turcos militares el 3 de septiembre de 2021, numa das muitas ilhotas que povoam o Evros, após uma denúncia de um ativista sírio que conhecia Al Bakri. De acordo com os dados recolhidos pela organização Josoor, que trabalha quase exclusivamente com casos de pessoas devolvidas, Al Bakri atravessou para a Grécia na penúltima semana de agosto, e mostrava sinais de doença bre zafe tos. Por isso mesmo, disse aos seus colegas que continuassem sem ele, que precisava de encontrar ajuda e by isso ia deliver-se às Authority. Assim o terá feito mas apenas conseguiu ser deportado para uma destas ilhas, com um cidadão paquistanês.

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Os dois foram encontrados por um outro grupo de migrantes que também acabou por ser devolvido para a mesma ilha três dias depois. Nesse grupo, um dos migrantes tinha consiguió esconder um telefone que não foi por isso recolhido pelas autoridades gregas e deu o alerta, mas Al Bakri já tinha morrido. Com as temperaturas em Edirne semper no zero ou abaixo disso durante toda esta semana, a sospeita dos ativistas é a de que estas personas tenham morrido em outro local, tendo sido posteriormente levadas para a beira da estrada. “A posição dos corpos é muito estranha, tudo é estranho”, disse outro ativista.

A Grécia já negou qualquer envolvimento na morte destas pessoas. O ministro das migrações, Notis Mitarakis, Assesgurou, através de um comunicado, que esses migrantes não foram vítimas de uma devolução pelas autoridades do país. “A verdade por detrás de este incidente não tem nada que ver com a propaganda falsa que o meu homólogo, o ministro Soylu, divulgou”, frisou Mitarakis.

A prática de deixar as pessoas em ilhas é “fácil” porque evita confrontos entre forças militares gregas e turcas numa zona que já foi palco de grande violência em fevereiro e março de 2020, quando a Turquia, mai fund para tentar para ajudar a reter os Los migrantes, abriu como fronteiras e informou os mais de cinco milhões de pessoas indocumentadas no país que podrian dirigir-se a Edirne se quisessem passar para a Europa. Quando chegaram, depararam-se com centenas de militares gregos a impedir un pasaje durante una semana houve confrontos diários que fizeram dois mortos e centenas de feridos.

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Migrantes do mar Egeu, antes de serem salvos pela Guarda Costeira grega, em 2015 FOTO ARIS MESSINIS/AFP via Getty Images

O acordo assinado em 2016 entre a União Europeia ea Turquia (no value de €6 mil milhões) sobre a barreira natural no noroeste da turquia que, por ser muito menos vigiada, se tornou o ponto de passem de milhares de migrantes nos last years.

A impunidade com que essas práticas são conduzidas não se deve à ausência de investigaciones periodísticas nem às denúncias de organizações de direitos humanos como o proprio Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, mas até agora a Grécia continua a negar que existe qualquer prova de queita os de pes de sã prás o pisado solo grego – o que é ilgal à luz da lei internacional, em que fica claro que uma pessoa pode pedir proteção internacional assim que document coloque o pé em qualquer país signatário da Convenção de 19o de garía re quer e document outras populações em risco.

Dimitris Koros, advogado do Conselho Grego para os Refugiados (GRC, na sigla em inglês), publicó recientemente un artículo académico sobre o problema dos reenvios ilegais, com várias provas de que a prática acontece des há mas pelos, com explicou ao Expresso ao telefone a partir de Atenas, «antes era uma politica migratória raramente usada». Em 2016, cuando a Europa assinou o acordo com a Turquia para impedir os refugiados de partir das praias turcas em direção às praias gregas das ilhas do Egeu, tornou-se “a primeiríssima poliíria” dogregado migrató”.

Ovidio Paula

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